Visão Científica


Com o advento da internet entramos na chamada “era da informação” e esta é caracterizada pala busca desenfreada por informação. Porém, eu olho ao meu redor e vejo um mundo cada vez mais ignorante. Em minha juventude, havia uma campanha de jornal que dizia:
- Quem lê jornal sabe mais!

Hoje, na era da informação, a internet, coisa inimaginada até poucos anos atrás, entrou em nossas vidas na forma de uma rede de informações que viaja em ondas invisíveis pelo ar nos conectando a todos por todo o planeta. Essa rede invisível é revelada por computadores pessoais e por aparelhos como telefones que tem de tudo até GPS que até bem pouco tempo atrás era somente tecnologia para aviões.

Mas com um fluxo tão grande de informações ao alcance das nossas mãos por que as pessoas teimam em buscar cada vez menos informações uteis e buscam cada vez mais informações FÚTEIS? É certo que a verdade liberta, mas acho que a grande massa não entendeu o poder que tem em mãos, e tanta tecnologia vinda de forma tão rápida pode ter nos surpreendido de tal maneira que a grande maioria das pessoas não sabe o que fazer com a tecnologia.

É como um idoso diante de um caixa eletrônico. É tudo intuitivo, basta ler e seguir os comandos, mas eles demoram mais do que o normal como que com medo da maquina. Aliás, isso existe. É como uma senhora que conheço, mãe de um conhecido meu, cuja família “filho e marido” a tratam como burra e sem estudo. A coitada cuida deles com todo carinho, mas como eles a fazem se sentir assim, ela morre de medo de, por exemplo, se aproximar da mesa de computador de um e de outro, pois por não saber como usar ela tem medo de fazer algo errado e quebrar. Muitos anos se passaram até ela ter coragem de simplesmente passar um pano nessas mesas!

A questão é que eu fico impressionado com a ignorância da grande maioria em plena era da informação. Vejo um crescente descaso pelos estudos, um enorme emburrecimento dos jovens. As pessoas parecem andar conformadas em NÃO SABER.
Digo isso, pois hoje mesmo, ao andar pelas ruas do meu bairro, em três situações ouvi palavras de conformismo em não saber, do tipo: há, isso é um assunto para gente “muito grande”, outro me disse: isso é pensar demais para mim, não nasci para isso não... E o terceiro, bom, prefiro nem comentar esse em detalhes, mas é terrível como as pessoas NÃO BUSCAM O CONHECIMENTO.

A situação foi a seguinte: estava em uma sala de espera e em um canto havia um cesto de revistas. Um rapaz jovem pegou uma revista e começou a passar as folhas rapidamente. Era uma revista cientifica e pelo visto ele não gostava nem um pouco do tema. Tudo bem, nenhum problema, é uma questão de gosto e ninguém é obrigado a gostar. Mas com muita raiva, ele se virou para mim e começou a dizer que o homem estava BRINCANDO DE DEUS, que tudo aquilo era um grande absurdo. Eu nem abri minha boca nem o olhei nos olhos, mas virei meu rosto na direção da matéria e era uma matéria normal sobre a possibilidade do uso de membros robóticos em deficientes físicos. Não entendi tamanha raiva, mas me deu vontade de perguntar se ele perdesse um braço, se acharia ruim ter uma prótese robótica!

Mas ele conseguiu audiência com outras pessoas que se uniram a ele, e também indignadas, imediatamente o elegeram como alguém de altíssimo nível intelectual ao brandir aquela Cientific America e contestando seu conteúdo! Com audiência, o rapais aumentou seu nível de raiva e para demonstrar o quanto ele é inteligente e inteirado de todo o assunto CIÊNCIA, começou a praguejar contra “aquele pessoal que esta trabalhando naquela maquina gigante tentando recriar o big bang”, que eles iriam ver, pois assim que conseguissem ligar a tal maquina, Deus poria sua mão e destruiria tudo para mostrar o seu poder, pois o homem não pode querer ser mais do que Deus!

Continuei calado, mas mil coisas passavam pela minha cabeça. Primeiro, o quanto ele era ignorante do assunto que acabava de trazer a baila, pois a tal maquina, não estava sendo construída, e sim esta em pleno uso e seu uso continuo tinha acabado de legar um Nobel por estarem conseguindo provar todo o real funcionamento do Bosson de Higgs, que agora já não era mais hipotético. Em segundo lugar, como é pequeno, frágil e odioso o deus de quem pensa assim. Isso demonstra que essas pessoas nunca refletiram sobre o que é Deus.

O rapaz terminou por dizer que não precisamos estudar ciência, se quiser saber como algo aconteceu basta recorrer à bíblia. E todos o apoiaram. Isso me deixou pasmo. E foi para mim, o mesmo que dizer que eles preferem NÃO PENSAR, mas deixar que um livro mágico ou uma pessoa qualquer, que se pronuncie como líder em uma igreja que cultue como sagrada a mesma cartilha, os diga o que pensar e como pensar.
Vi em segundos, um rapaz claramente sem estudo nem informação, arrebanhar varias pessoas em um pensamento de ódio e de total ignorância... Em nome de Deus!?

Fiquei pensando no quanto nenhum deles parecia jamais ter pensado por si mesmos. Pois eu, quando criança, crescendo em uma família católica muito tradicional, era explicado sobre Deus: “Deus está no céu, mas ninguém nunca o viu”; “Deus é bom, o diabo é mau... o Diabo era um anjo e isso é muito menos que Deus, pois Deus é o incriado, e os anjos, apenas mais uma criação”; “Deus é tudo e está em tudo!”; “O Diabo vem nos tentar”; “sofremos por termos sido desobedientes e pela desobediência o mal passou a fazer parte de nós, mas não éramos assim”; “se alguém lhe perguntar, diga que você é TEMENTE a Deus!”.

Não sou melhor do que ninguém, mas na minha lógica infantil, já acendia uma luz de red alert dizendo que tinha coisa muito errada nisso tudo. Concluí sozinho que Deus não era de forma nenhuma um velho barbudo bipolar, e sim uma energia que fazia tudo acontecer e que tudo era ordeiro no universo pois funcionava dentro das leis de Deus, que para mim era tudo, TUDO MESMO, as leis físicas e as leis morais.

Ainda muito jovem eu formulei minha primeira pergunta própria, que hoje vejo foi mais profundo do que as perguntas de muita gente que já viveu e morreu. Eu só queria entender se essa energia cósmica, era ou não consciente de si. Se fosse consciente de si, então Deus existiria de forma inteligente, caso não ele existiria de forma mecânica! Anos depois, li as palavras de Carl Sagan refletindo sobre esse mesmo exato pensamento, e ele dizia:
Na época eu fiquei muito perdido, pois eu não via ninguém raciocinar o que eu estava concluindo, e de repente, vejo o assunto sendo discutido por grandes mentes cientificas e teológicas. Mas, ao mesmo tempo, frustrado, pois acabara de ler o obvio que não fazia sentido mesmo agradecer ou abrir o coração a um conjunto de leis, como a fria explicação de Sagan.

Mas para mim não tinha como retroceder, era uma questão de lógica em bom senso. Eu não tinha como acreditar no conceito de deus como a maioria das pessoas dizia ser, não era se quer racional pensar em um deus que muda de opinião, o que mostra que é falível, castigando, punindo descendentes e etc. Além do que, quanto mais alguém lia bíblia para mim ou eu mesmo tentasse ler, mas eu via nas escrituras passagens mostrando que o ser ali intitulado Deus, não era de forma nenhuma onipresente, nem onisciente. Aliás, pensar em um Deus, onipotente, onisciente e onipresente era o que havia me levado à cedo perceber que Deus não poderia jamais ser qualquer coisa diferente de uma energia cósmica fundamental. Simples assim!
Mas se é simples assim, por que ninguém parecia estar pensando o mesmo, por que continuavam insistindo em um ser punitivo e agressivo que elas irracionalmente chamavam de bom. O que era isso, medo? Eu pensava comigo, por que tenho que ser TEMENTE a Deus se ele é tão infinitamente bom e sábio? Nada do pensamento comum me cabia, e não preciso falar a essa altura que eu rejeitei a tradição da família, e paguei o preço por isso. Descobria com isso o quanto religião nada mais é do que bandeira. E as pessoas defendem bandeiras, matam e morrem por elas, causando com isso a separação ao invés da união, o ódio ao invés do amor.

E a minha busca continuava. Buscando qualquer um que entendesse mesmo da natureza cósmica e divina, para tentar descobrir se a tal energia cósmica fundamental era ou não consciente de si. E encontrei todas as respostas de que precisava na ciência e nas mais antigas e sabias filosofias como a cabala, o budismo, o taoismo, mas não estávamos na era da informação. Computadores nem usavam ainda uma interface gráfica como o Windows, era tela verde e um caixão enorme. A inflação no Brasil era altíssima e me parecia um problema insolúvel, assim como a nossa divida externa! Com isso, computador era ainda um artigo caro, e não era algo que se tivesse em casa e requeria muito conhecimento para seu uso. Mesmo nos bancos e empresas eram usados apenas dentro dos sistemas necessários a se trabalhar em cada lugar.

Com isso, em mim não chegava muita informação sobre budismo, taoismo e muito menos ainda sobre cabala. Então, logicamente, eu, com sede de saber, me enfurnava nas bibliotecas públicas do meu bairro.  Pesquisava, escolhia e levava os livros para casa e lia com muito prazer os assuntos que me preenchiam a alma. Mas ainda assim, não tinha muita informação sobre esses assuntos. Eu queria saber sobre o budismo e só achava livros sobre o Tibet e Lobsang Rampa. Não tinha nada sobre cabala nas prateleiras ainda, mas sei que o tema já fervilhava por aí. Lembro que um colega de escola uma vez protegeu um pombo que uns meninos iam maltratar. Eu o ajudei. Ele perguntou se eu era budista. Eu disse que não. Ele perguntou se alguém em minha família era budista. Eu mais uma vez disse que não e pedi que ele me contasse a historia de Buda. Ele disse que não saberia fazer tão bem quanto os parentes dele, mas que eu já tinha em mim o coração de Buda. Lembro bem desse amigo. Lester era o nome dele, lembro que era diabético, tinha o queixo furado e uma pinta no queixo. Depois daquele ano letivo, nunca mais o vimos, e nem quando visitou minha casa, não me falou nada sobre budismo. Era sempre muito educado. Um grande cara! Ele não tinha como saber, mas acendia em mim mais curiosidade quanto às palavras e a vida de Buda.

Quando o aluno esta pronto, o mestre aparece. Com o passar do tempo, mais e mais livros sobre o pensamento cabalístico me chegou as mãos, e a ideia do Tzim Tzum “o mesmo big bang” segundo a tradição cabalística, era agora para mim descortinado com elementos que me levavam a compreender melhor a causa das coisas e o meu papel nisso tudo. Eu ainda podia ver tudo como uma serie de leis físicas se quisesse, mas era um pensamento cada vez menos plausível. Conheci o Tao, e vi que era similar a maneira como eu via as coisas e me aprofundei. Conheci o budismo e principalmente a física quântica, e fiquei fascinado!

Agora eu via a espiritualidade totalmente unida a ciência e a ciência não podendo evoluir sem admitir a pluralidade dos mundos, de dez dimensões no universo, aliás como já dizia a cabala e o budismo! Mas a física quântica me mostrou que o próprio big bang, só poderia ter acontecido com uma INTELIGENCIA SUPERIOR. Pois agora se entendia que: se tudo é energia, e matéria é energia condensada, então tudo é energia. Ao tentar medir uma partícula de alguma coisa “matéria” ela entra em colapso e se apresenta como energia, e, ao tentar medir a energia, ela entra em colapso e se apresenta como partícula, podendo inclusive se mover no tempo, mostrando que o tempo também não existe se quer para manter a nossa dimensão física! Continuando o raciocínio daí, nossa dimensão é FÍSICA, MATERIAL, e diz-se que antes do big bang tudo era ENERGIA.
A cabala diz em sua filosofia, que tudo estava em Deus e nada existia criado pois tudo era ele e estava nele. Tudo e nada existia. Isso é bem taoista e bastante difícil e fácil de entender. E um dia, Deus, querendo observar-se condensou um espaço para observar-se. Assim como quando tentamos medir a energia e ela entra em colapso e se apresenta como matéria, a energia cósmica fundamental, ao tentar observar-se em pura energia radiante, colapsa e da origem ao nosso mundo. Agora eu podia entender que Deus é uma consciência cósmica, que tudo o que há é um reflexo dele mesmo e com isso, logicamente, ele é onipotente, onisciente, onipresente e tudo o que há, inclusive eu e você, somos a sua imagem e semelhança!

A ciência não destruiu a espiritualidade, ela me explicou Deus em sua forma mais pura. Me explicou as palavras de todas as escrituras sagradas, que agora faziam muito mais sentido. Eu deixei a fé de lado, pois a própria palavra fé, implica que a pessoa NÃO SABE E PRECISA CRER, e eu estava no plano da certeza, do saber e da ciência. Eu concluía também já na infância que não havia pecado. E não precisei mais do que os conselhos de pai e mãe para aprender que os meus direitos terminam onde começam o do outro e, que devemos respeitar se queremos ser respeitados. O único pecado real me parecia ser transgredir essas duas máximas, que aliás, transgredi-las é o ponto onde se encontram TODOS OS CRIMES. Pois se você respeita ao próximo como a si mesmo, você não comete crime algum. E a lei dos homens passa a existir somente para aqueles que teimam em transgredir.

Mas pensando bem isso nem chega a ser um pecado, pois errar todos nós erramos, e errando, experimentamos as consequências e vemos que não é certo. Nos tornamos sábios pelo erro também. Então, o único pecado real, me parecia então ser, O NÃO USO DA NOSSA INTELIGENCIA. A ESTAGNAÇÃO, O DESPERDÍCIO DA CAPACIDADE DE EVOLUIR, APRENDER E MELHORAR!
Meu tio, desde cedo me levava para fazer trilhas em florestas. Subíamos montanhas e era muito legal. La de cima eu olhava para cidade, sentia o quanto os meus problemas eram mínimos. Imagino que o mesmo deve ter sido sentido em uma escala muito maior pelos primeiros astronautas quando olharam a Terra. Eu via as formiguinhas na cidade e pensava que em poucas horas eu estaria reinserido naquele caos e novamente estaria pensando nos meus afazeres e problemas. Pensava então nas outras pessoas e nas muitas que nunca tiveram aquela visão. No final da minha adolescência descobri que minha avó paterna por exemplo, que nasceu e viveu a vida toda em pleno Rio de Janeiro conosco “sua família e a família do seu filho”, e era até na velhice, uma pessoa de muitas atividades, saia muito pra todo lado, trabalhava... E nunca se quer tinha ido à praia! Fiquei sem ação quando resolveram leva-la para ver o mar e passar um dia na praia. Ela nem sabia o que fazer no mar! Pensei então em como a gente muitas vezes se deixa levar pela correria da vida sem dar importância a mais nada, e que isso é ser levado pela vida, e não VIVER A VIDA.

Aliás, essa era minha avó paterna. Ainda é viva. Todo o meu lado paterno da família é evangélico, por isso me enxergam pior do que o lado materno católico que simplesmente sente que eu “abortei tradição”, para o lado paterno eu sou um condenado, endemoniado e nem devem saber mais sobre os meus estudos pois só iria piorar tudo. Meu avô se gabava por ter lido a bíblia de ponta a ponta mais de cem vezes. Ele era um homem íntegro, mas eles sãos as pessoas mais negativas e erradas que se pode achar, e se escondem atrás da fachada religiosa que diz que para ser do bem precisa ir à igreja, dar dinheiro e ofertas para que deus possa continuar fazendo “a obra”, devem se formar, se casar, ter filhos, batizar e ir sempre ao culto para pisar na cabeça do demônio! Caso contrario, o mesmo pode vencer-lhe em tentações e o mesmo pode cair no espírito voltando a ser do mundo e perdendo a salvação e sendo lançados a um lago de fogo que queima e não consome por toda a eternidade!

Um dia, eu, sempre tentando melhorar, estava enfrentando um problema e precisava meditar muito para encontrar a solução. Uma pessoa então me disse: - você não vai fazer nada quanto a isso! O que você precisa para se mexer de uma vez? E eu respondi que precisava escalar minha montanha, me isolar um pouco, olhar a paisagem e certamente lá, eu conseguiria a paz necessária para achar a solução. A pessoa então me falou que eu estava protelando, pois nada me impedia de subir a montanha ali mesmo e naquele exato momento. Eu estava certo do que estava falando, aquilo iria mesmo me ajudar e eu estava de fato programando a escalada solitária, até que vi que eu não precisava mais da montanha!

Desde a primeira vez que escalei as montanhas da minha querida Floresta da Tijuca e de La de cima olhei a cidade e pensei nas pessoas e problemas, e mesmo agora, escalando-as mentalmente, sempre vejo o quanto somos todos iguais, apenas divididos em bandeiras. Algumas pessoas com uma dificuldade enorme de abandona-las. Outras que morrem de medo de abandona-las. Mas todos iguais. Lutei contra toda forma de preconceito e me descobri sendo alvo de preconceitos pela minha maneira de pensar! Parece às vezes que aquele que grita mais alto para muita gente é um líder. Como no caso do rapaz lendo o artigo que propunha a reconstrução mecânica de membros, ou em escala maior, idiotas como Silas Malafaia.

O povo é conduzido feito gado por pessoas assim, da religião e de outros meios e bandeiras. Como partidos políticos, times de futebol e tantas outras coisas que nada dizem e só enganam... E claro, sabem dar aos ignorantes o que eles querem para que os mesmos deem de bom grado seu dinheiro suado para lhes enriquecer. O caos que fica para trás não importa. Pessoas cada vez menos esclarecidas e sem nenhuma vontade de discernir ou buscar informação. Aliás, tenho visto o quanto certas “bandeiras” tem apregoado o quanto a busca por informação pode ser nociva. Isso mesmo! É lógico, quanto mais ignorante, mais dependente de alguém mais esclarecido que os diga o que fazer! Será que ninguém repara nisso?

A verdade liberta. A ciência nunca foi contra a espiritualidade até mesmo por que ela tem que estar aberta as possibilidade. O que ela nunca fez foi aceitar contos de fadas.

Outra coisa também é fuga da realidade. Muita gente sente um vazio na vida, e acha que tudo é material e sem graça. Sem muita consciência, pessoas assim “de todos os níveis de formação” buscam “afogar as magoas”. Bebidas, drogas. Qualquer coisa que leve a uma fuga e a uma experiência de prazer sensorial, “ou social, pois nunca entendi a ideia de beber até cair, que muitas vezes me parece mais uma forma idiota de aparecer para o outro de maneira tola”.

Em minha adolescência, o pai daquele mesmo conhecido que mencionei antes, o tal que tratava a mulher como tola e ignorante, que aliás agia assim por ser um cara assim... O típico babaca: bancário, que se sente melhor do que todo mundo, posa de intelectual abrindo o jornalzão na sala dizendo não querer ser perturbado, casou com uma linda mulher que ele poderia dominar por não ter tanto estudo, assim passaria a vida com o ego cheio... Você deve conhecer algum banana parecido. Esse cara resolveu um dia fechar o jornal e me fazer uma pergunta que parecia totalmente impossível de ser respondida, tendo sido sondada por muitos sábios da humanidade “e ele mesmo não ousaria responder”... Eu até esperei algo temeroso, quando ele me lançou um: - Então tá, qual é o sentido da vida?!  Primeiro eu quis rir e já ia saindo quando ele me fez voltar. E eu já com pena disse que se ele não via na vida nenhum sentido, não ia ser eu que ia dar a ele a minha visão de mundo! “que tanto o irritava por eu parecer sempre bem e feliz mesmo nas dificuldades!” ele simplesmente fechou o sorriso de desdém, entendeu a mensagem e voltou a esconder a cara atrás do jornal.
Tempos depois eu pegaria um livro na biblioteca de bairro sobre *Albert Einstein e, interrogado com a mesma pergunta por um jornalista, ele deu o mesmo tipo de resposta, de maneira bem mais firme e mais extensa um pouco, mas com o mesmo sentido. Também naquele livro, li nas palavras do velho Einstein que ele colocou em palavras o que eu já concluíra também sem verbalizar o meu pensamento sobre as drogas, álcool ou qualquer coisa que leve a uma fuga da realidade. Ele dizia que:
“- A realidade é mais fantástica do que qualquer esforço da imaginação.”

E completando daí meu raciocínio, ele dizia também que:
“- Aquilo que é impenetrável para nós existe de fato. Por trás dos segredos da natureza há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é minha religião.”

*A título de curiosidade, o livro era: Albert Einstein - Como Vejo o Mundo. pag.13
“- Tem sentido a minha vida? A vida de um homem tem sentido? Posso responder a tais perguntas se tenho espírito religioso. Mas, ‘fazer tais perguntas tem sentido?’ Aquele que considera que a sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver!”

Com esses pensamentos e tendo em vista os pensamentos religiosos que estão por aí, sentia eu ter ULTRAPASSADO AS RELIGIÕES e entrado no caminho da lucidez diante das coisas. Quem SABE, tem CIÊNCIA DE ALGO, esta CIENTE, e quem SABE, não depende mais de fé! No extremo oposto do ateísmo e acima de todas as religiões e bandeiras que separam as pessoas, hoje, se me perguntarem eu só posso dizer ser UNIVERSALISTA. E só aceito as coisas que fazem sentido espiritual e cientificamente.

Aliás afirmo que a nossa ciência só poderá evoluir do ponto em que esta admitindo a espiritualidade. Se não no conceito espiritual, ao menos o fara inevitavelmente pelo conceito de mundos em diferentes faixas de frequência vibratória.

De valorizar as leis morais, que aliás são simples e podem ser todas traduzidas no “amai ao próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas” pois é o mesmo que respeitar e ter amor a vida, contemplar o simples e viver a vida como se tudo fosse um milagre, ao invés de com toda arrogância e ignorante mente pedir:
Hó senhor, faça um milagre em mim!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário