O Poder da Mente Sobre a Matéria

Mais uma reportagem que transcrevo dos meus arquivos de revistas antigas que gostaria que todos tivessem a oportunidade de ler. Dessa vez trata-se de um artigo da Rrevista Planeta de 3 de fevereiro de 1997, escrito pela Redatora Chefe da revista, Fátima Afonso... E la vai física quântica!
Conta à lenda que, certa vez, um homem precisava cruzar o mar e Bibhishana escreveu o nome de Rama – a sétima encarnação de Vishnu – em uma folha e amarrou-a em um pedacinho de suas roupas. Em seguida, recomendou: “Não tenha medo. Se tiver fé, você caminhará sobre as ondas. No entanto, se por um momento deixar de crer, você morrerá afogado.”

         Fazendo o que lhe havia sido recomendado, o homem pôs-se a caminho. Tudo ia muito bem quando, subitamente, sentiu uma curiosidade incontrolável de saber o que de tão poderoso tinha sido colocado em suas vestes. Quando viu apenas aquela pequena folha com o nome de Rama, pensou: “Mas é só isso?” Nesse momento, tomado pela dúvida, ele afundou e desapareceu nas águas do mar.

          Essa narrativa, colhida na tradição Hindu, poderia muito bem ter sido contada pelo físico José Andreeta, que, junto com sua esposa, é o entrevistado desta edição. Andreeta, como muitos de seus colegas de profissão, aprendeu a reconhecer a importância da fé mergulhado no mundo quântico – reino de prótons, elétrons, quantas, fótons, etc. estranho? Nem tanto.
A história é complexa. Mas, resumindo bastante, segundo a mecânica quântica, a nossa mente prevalece sobre a matéria, ou seja, ela domina e cria tudo – algo, aliás, que Buda dizia há quatro mil anos e, como bem sabem os leitores da PLANETA, os adeptos da psiconeuroimunologia já aceitam há décadas como verdade.
A física quântica, porém, não para por aí: algumas de suas teorias deixam as portas abertas para possibilidade da vida após a morte, da reencarnação e da existência de uma inteligência superior ao homem. Embora nada disso, por enquanto, possa ser comprovado pela ciência, muito lentamente vamos adquirindo ferramentas para compreender fenômenos que estão bem além do nosso entendimento.
Seja como for, com ou sem provas científicas, todos nós, uma vez ou outra, já escapamos do nosso mundinho de condicionamentos e conseguimos realizar “milagres” – mesmo que tenha sido lá atrás, quando ainda vivíamos o mágico momento da infância. Repeti-los agora, jura Andreeta, é só questão de fé...
Tudo é possível
(Revista Planeta – Por Fátima Afonso)
O físico José Andreeta, professor da USP/São Carlos, e sua mulher, Maria de Lourdes Andreeta, advogada e filósofa, lançam em março o livro: “Quem se atreve a ter certeza? – A realidade quântica e a filosofia” pela editora Mercuryo. Alguns temas do livro são abordados a seguir.
Fátima:  Apesar de todo o desenvolvimento da ciência e do surgimento da física quântica, o homem ainda explica o universo a partir da teoria de Newton, formulada no século 17. Porquê?
Casal Andreeta:  Porque ele está condicionado a viver neste mundo que nós conhecemos. O homem comum não tem condições de ver a realidade através do prisma da teoria quântica, porque esse conhecimento é extremamente especifico e a linguagem da física quântica é a matemática avançada. De qualquer maneira, tudo o que você chama de alta tecnologia   o telefone, a televisão, as lâmpadas fluorescentes, o laser   está fundamentado na física quântica.

Fátima:  Vamos supor que a física quântica passasse a ser ensinada no colégio e depois na faculdade. Isso não levaria a uma transformação da realidade, Já que as crenças seriam diferentes?
Casal Andreeta:  Sem dúvida. Você teria um mundo completamente diferente do que ele é. Do ponto de vista da física quântica, a mente prevalece sobre a matéria   e não ao contrário, como a ciência está, até certo ponto, acostumada a colocar. Então, se a pessoa começa a ter uma compreensão da realidade fundamentada na física quântica, lógico que a mente tem de prevalecer sobre a matéria, e dai ela vai começar a dominar todo o processo de criação. 
           Na verdade, nós já vivemos antes num mundo parecido com o da física quântica. Nossa primeira infância, por exemplo, era praticamente fundamentada nela. Não tínhamos nenhum condicionamento deste mundo em que nós vivemos, tudo parecia possível. E se continuássemos a acreditar nisso...
Fátima:  Tudo seria mesmo possível...
Casal Andreeta:  Exatamente! Imagine, por exemplo, uma pessoa que consegue fazer milagres, como Cristo ou um santo qualquer fazia. O que é o milagre? É tornar possível uma coisa que normalmente achamos que é impossível. Na verdade, a mecânica quântica é o reino de todas as possibilidades. O problema é que, na hora em que vamos "aprendendo" a viver neste mundo, vamos nos condicionando; perdemos, por exemplo, as nossas crenças, a fé naquilo que achávamos que podia ser possível. 
       Se levarmos ao pé da letra o nosso entendimento da vida segundo a física quântica, vamos ter a seguinte condição: O mundo é da forma que nós acreditamos que ele seja; nós construímos o nosso meio. Por exemplo: Um átomo não é um núcleo central e um elétron girando em torno dele   esse modelo está totalmente superado. E mais: ele viola a lei do eletromagnetismo. O elétron tem de estar distribuído uniformemente em volta do átomo; ao mesmo tempo, ele é um corpúsculo, uma partícula. A lógica humana não consegue conceber isso, pois é algo que está fora deste universo newtoniano que conhecemos.

Fátima:  Curiosamente, há milhares de anos os místicos já conheciam ao menos parte desse universo quântico...
Casal Andreeta:   De fato, há quatro mil anos, Buda dizia que a mente prevalece sobre tudo; ela domina e cria tudo. Hoje a mecânica quântica está chegando nesse ponto. Os físicos acreditam que, na hora em que vou medir uma partícula, eu a crio; antes disso, ela tinha uma dualidade, era uma partícula/onda, uma coisa completamente estranha ao que conhecemos. Ou seja, somente quando interferimos com a nossa mente, fazendo uma medição, aquilo que era uma onda colapsa e forma uma partícula de matéria. 
Vamos dizer que, no nosso universo, existe uma substância universal chamada substância quântica   que você pode chamar de éter ou de qualquer outro nome. Essa substância quântica é um mar de todas as possibilidades; aí tudo é possível. A primeira coisa que você tem de fazer quando deseja algo é filtrá lo desse quadro de todas as possibilidades. Depois que filtrou, isso ainda não é a coisa que você quer, é algo meio nebuloso. Então, você vai e o observa. No ato da observação esse algo nebuloso e mal definido colapsa, se transforma naquilo que você quer, por exemplo, um elétron, um próton   é mais ou menos assim que a coisa funciona.

Fátima:  Depende da vontade consciente do observador...
Casal Andreeta:  Isso. O vale de todas as possibilidades está aí.
Fátima: Se transportamos para o macrocosmo essa questão da vontade em relação aos átomos, podemos dizer que temos a capacidade de modificara realidade...
Casal Andreeta:  Sem dúvida! Hoje a ciência já sabe que existe uma realidade maior que dá sustentabilidade a essa realidade newtoniana em que nós vivemos. Ou seja, os fenómenos quânticos é que vão dar origem a tudo o que existe. Só que eles têm tamanha complexidade que não podem ser compreendidos pelo intelecto humano; eles o transcendem. O cérebro foi criado para compreender o tridimensional, aquilo que nós vivemos no corpo físico.
Para a física quântica, por exemplo, não existe mais um universo objetivo, quer dizer, eu aqui e o meu experimento lá; tudo é subjetivo, porque eu sou parte do experimento.

Fátima:  Considerando isso, talvez a ciência devesse levar mais em conta o sentimento humano, por exemplo...
Casal Andreeta:  Exatamente.

Fátima:  Já existe essa abertura entre os físicos? 
Casal Andreeta:  Voltamos à sua primeira pergunta: por que as pessoas não utilizam isso? Porque é uma coisa complicada de ser  colocada. Há cientistas que preferem não ter resposta nenhuma do que admitir que existem outros elementos para serem colocados dentro da ciência.
De qualquer maneira, nós acreditamos que estamos numa época de transição e vamos ter de colocar o homem dentro da ciência. Se a energia psíquica cria os experimentos, a natureza, a matéria, se não colocarmos os elementos da mente humana na física, ficará extremamente complicado entender o que está acontecendo.

Fátima:  Os átomos fluem, continuamente, de um corpo sólido a outro, incluindo se aí o corpo humano   o que acaba nos tornando parte de um grande todo. Isso explicaria porque somos contaminados, por exemplo, pela violência ou pelo amor a nossa volta?
Casal Andreeta:  Há aí dois aspectos. O físico já sabe que o corpo humano troca todos os átomos a cada 2,5 anos. Como nós lembramos de coisas do nosso passado, deve existir alguma coisa além da energia e dos átomos que formam o nosso corpo físico: a mente. Nós acreditamos que não há como refutar a existência da mente. O que deve, portanto, transmitir as lembranças e os sentimentos talvez não seja a matéria (onde se acham os átomos), mas a mente.
Por outro lado, saindo um pouquinho da física e indo mais para a psicologia, Jung dizia que todo conhecimento está colocado em arquétipos. Quando acessa esses arquétipos, é como se você entrasse em uma biblioteca, abrisse um livro, tomasse consciência dos conhecimentos ali arquivados e, quando saísse dali, o deixasse aberto sobre uma mesa. Qualquer pessoa que entrasse ali leria o livro que você leu. Segundo a teoria junguiana, esses programas de televisão que dizem ser contra a violência, mas mostram violência o tempo todo, na verdade estão abrindo esse arquétipo, ou seja, criando mais violência.

Fátima:  Se todo o nosso organismo é atomicamente recriado a cada 2,5 anos, nós não deveríamos ser pessoas sempre saudáveis?
Casal Andreeta:   Veja bem, você está reconstruindo o seu corpo físico a cada instante. Mas como seria essa reconstrução? Se partir da premissa de que tudo é da forma que você acredita que seja, cada um tem o seu próprio mundo, dotado de elementos diferentes. Tudo o que acontece na nossa vida é aquilo que nós acreditamos que é inevitável   aquilo que temos certeza que vai acontecer. Se eu sei, por exemplo, que vou envelhecer e morrer, e não tenho o mínimo conflito sobre isso, isso é inevitável para mim.

Fátima:  Em outras palavras, você está me dizendo que, se um dia conseguirmos acreditar piamente que a morte física não existe, nós vamos conseguir ser eternos...
Casal Andreeta:  Não diria que seriamos eternos, porque parece que as células do corpo físico têm um tempo de vida limitado. Essa afirmação, no entanto, pode ser também mais um dos nossos condicionamentos. De qualquer maneira, poderemos ter um corpo saudável por um longo tempo. Se eu tiver plena convicção de que posso transformar esse gravador numa rosa, isso deve acontecer.
Não tem essa, porém, de eu fingir que acredito. Parece que a nossa mente só cria aquilo que nós realmente acreditamos, e não aquilo que fingimos crer. Se eu estou com um problema no estômago, por exemplo, é porque acredito que tenho esse problema. E como dizem: mente sã, corpo são...
Fátima:  Se aceitarmos que a mente cria e domina a matéria, a nossa responsabilidade diante do mundo vai aumentar milhões de vezes...
Casal Andreeta:  Sem dúvida, porque, nesse caso, o homem cria o meio. Então, somos cúmplices de todos esses fatos que estão acontecendo à nossa volta. Só que provar isso cientificamente é complicado, uma vez que a influência do homem no meio ainda não é muito bem compreendida pela ciência. Devemos lembrar, no entanto, que a ciência trabalha com verdades relativas, e as verdades relativas não são permanentes. O que vale hoje pode não valer amanhã. A ciência evolui; através da pesquisa, ela muda os seus conceitos.

Fátima:  David Cross, um dos físicos que criaram a teoria da supercordas, acredita que para entender o universo só precisamos de uma única lei universal. Que lei é essa?
Casal Andreeta:  Na verdade, a teoria das supercordas não está comprovada experimentalmente   é uma teoria. Mas, segundo Cross, tudo o que existe são vibrações, que vêem de uma única fonte. Então, tudo pode ser regido por uma só lei. Nessa teoria o universo é uma imensa orquestra, só estaria faltando para a ciência descobrir o maestro regente...

Fátima:  Que, se fôssemos levar para o lado religioso, seria Deus...
Casal Andreeta:  Seria. Mas, em nossas pesquisas, estamos muito longe de chegar a Deus. Por enquanto, nós estamos querendo chegar só um pouquinho além da matéria.

Fátima:  Como é que a física quântica explica o caso de cura espontânea?
Casal Andreeta:  Se você fizer essa pergunta, por exemplo, para um físico ele vai dizer que não tem explicação para isso. Mas nós achamos que, se a mente prevalece sobre a matéria, se a sua mente acreditar na possibilidade de ser curado e não tiver conflito, você vai conseguir se curar.
Agora, muitas pessoas vão dizer: "Não, física quântica é muito interessante, mas ela só funciona para o mundo microscópico e, na nossa realidade macroscópica, predominam as leis de Newton." Para nós isso é a mesma coisa que você dizer que um prédio é feito de tijolos, mas as propriedades do prédio não têm nada a ver com as dos tijolos. Existe essa realidade quântica por trás desse mundo em que vivemos   não há a menor dúvida.
Dizer que a física quântica não tem influência no nosso mundo macroscópico é uma afirmação um pouco indevida. O problema é que a ciência é cheia de dogmas. E ela não responde o porquê das coisas. Ela só tem respostas para o comportamento da nossa realidade; nós não sabemos, por exemplo, o que é um átomo, um elétron. Nós sabemos que eles se comportam como onda e partícula, mas o que são nós não sabemos.
A ciência trabalha com conceitos e o conceito é aquilo que é consensual, aceito por um grande número de pessoas. Às vezes você diz certas coisas que não têm comprovação experimental, e os cientistas chamam de especulação. Mas nada é mais especulativo do que a ciência em si, porque ela trabalha com verdades relativas, temporárias e isso não diminui em nada a sua importância para a humanidade.

Fátima:  De acordo com os conhecimentos que têm hoje, vocês diriam que a sobrevivência do espirito pode ser uma realidade?
Casal Andreeta:  Evidentemente, a física quântica não consegue comprovar isso. Mas existe um outro tipo de argumento que se deve colocar aí. Se não existe nada além da morte, para que vamos ser bons? Para que querer entender a natureza? Para que o conhecimento? Fica tudo sem sentido. Aliás, nós já sabemos que a mente existe e não morre; se ela não sobreviver, fica tudo sem sentido.

Fátima:  E a reencarnação, é viável?
Casal Andreeta:  Em principio, nós achamos que essa é uma das teorias mais prováveis em relação ao que acontece depois da morte. Pelo menos é a mais cientifica. Seria até injusto não ter reencarnação.
Por exemplo, imagine uma pessoa da favela para quem matar, estuprar e roubar é normal. Ela faz tudo isso porque o seu meio proporciona isso. Então ela morre, é julgada e vai para o inferno. E eu, que vivi em outro meio, recebendo um embasamento moral, vou para o céu. Eu creio que, se não tivesse uma reencarnação, estaria se cometendo uma injustiça com o bandido, pois ele não teve culpa de ter nascido naquele meio.
De qualquer maneira, mais uma vez devemos lembrar que, se sobra a mente, a reencarnação é viável.

Fátima:  Nós podemos traçar um paralelo entre a substância quântica   de onde tudo parece ser originar   e a ideia que geralmente fazemos de Deus, um ser onipresente, onisciente e onipotente?
Casal Andreeta:  Eu acho bastante lógico você relacionar uma coisa com a outra. Deus para o físico é muito mais essa substância quântica que tem todas essas propriedades e características atribuídas pela religião do que um senhor sentado lá em cima e dirigindo o universo.
Na verdade, essas perguntas nos levam a um ponto que não podemos alcançar ainda. Se conseguirmos chegar na mente e mostrar que ela cria e domina a matéria   ao que a mecânica quântica já chegou parcialmente  , já vai ser um avanço enorme.

Fátima:  Curiosamente, religiões como o hinduísmo e o budismo chegaram bem antes da ciência a determinadas "verdades". Como é que isso aconteceu?
Casal Andreeta:  Essas religiões já tinham esse conhecimento, mas sem os detalhes. Elas simplesmente sabiam que era assim. Como nós dissemos anteriormente, Buda já dizia que a mente domina e cria tudo; mas, até onde se sabe, ele não ensinava nenhum detalhe sobre isso.

Fátima:  Mas Buda foi buscar essa informação numa determinada fonte. De que maneira ele teve acesso a isso? Como, há cinco mil anos, o hinduísmo já falava em arquivo akáshico e de mundos paralelos, dos quais hoje a física quântica começa a falar?
Casal Andreeta:  Existe uma teoria que mostra como isso é possível: os conhecimentos eram obtidos por "revelação", eles eram revelados aos iniciados. Você só tem acesso a um conhecimento quando tiver uma certa ética, um certo grau de evolução.
Não porque exista uma discriminação, mas porque você só recebe isso através de uma frequência fina. A sua mente só consegue acessar certos conhecimentos através de um fenômeno chamado ressonância. Imagine o rádio; você só pode sintonizar uma estação, se colocar o aparelho na frequência daquela estação. Da mesma maneira, você só consegue chegar numa determinada frequência onde esses conhecimentos estão se adquirir um grau de sutileza tal que é capaz de entrar em harmonia com esse conhecimento.
E isso independe da cultura que você tem. Por isso algumas pessoas não têm cultura e têm sabedoria.
Fátima:  Quando você fala em entrar em ressonância com o conhecimento, isso quer dizer que ele já existe num nível superior ao humano...
Casal Andreeta:  O conhecimento está todo ai; ele é acessível. O que nós fazemos é simplesmente aceita-lo e dar lhe forma matemática compatível com a realidade em que vivemos. Existem pessoas que dizem que o conhecimento de Deus está na Bíblia. Eu acho que o conhecimento de Deus está em tudo. Na folha de uma árvore, está escrita a história do universo inteiro...

Fátima:  Então, você é obrigado a admitir que existe uma inteligência superior ao homem...
Casal Andreeta:  Sim. Vamos dizer que não se admita que existe uma inteligência superior. Então, de onde vem a nossa inteligência? Ela foi criada de onde? Ela pode ter vindo do nada? Ou de algo que não tenha inteligência para lhe transmitir inteligência? Antigamente não existia vida, não havia materiais orgânicos, somente átomos, moléculas, partículas  tudo era inorgânico; e, no inorgânico, não há inteligência   pelo menos não aquela que nós conhecemos.
De uma hora para outra, o inorgânico se transformou, criou se vida e essa vida se tornou inteligência do nada? Pelo menos para mim, isso é ilógico.
Eu acredito que deve existir algo inteligente para que você possa evoluir e você vai adquirindo essa inteligência... Nós temos cerca de 10(elevado a 28) átomos no nosso corpo físico; a sua organização é tão complexa que é difícil admitir que seja um simples resultado do acaso.

Fátima:  No livro que escreveram, vocês afirmam que tanto a filosofia antiga, como a matemática e a ciência atual concordam que tudo o que constitui o nosso universo teve a sua origem no nada. Vocês poderiam explicar melhor esse conceito de nada?
Casal Andreeta:  O nada é ausência de matéria. Todas as partículas são criadas nesse vácuo absoluto; é nesse local que se criam matéria e antimatéria   cada partícula tem o seu par. Na hora em que se juntam essas duas coisas, elas formam a energia original, que deu origem a isso. Na verdade, no vácuo sempre existe energia, que hoje se conhece como energia do vácuo. Nos Estados Unidos foi feita uma experiência que retira a energia do vácuo, do nada. Existe muita energia no nosso nada; não há mais vazio na natureza: ou há matéria ou energia.
(Por Fátima Afonso, redatora chefe da Revista Planeta)
3 de fevereiro de 1997

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